O papel da autoridade na criação de um filho é crucial para a formação de um adulto equilibrado. É importante ser pais, sem deixar de serem amigos dos seus filhos.
De fato, muitos pais sentem-se culpados por exercer autoridade sobre seus filhos. Às vezes porque ficam muito tempo longe e não querem fazer o papel do vilão quando estão próximos.
Em outras ocasiões, suas limitações os impedem de ter condições melhores na criação e, então, como uma forma de compensação, deixam de exercer sua autoridade.
O que esses pais não compreendem é que ser firme é muito importante na construção de um adulto feliz e, inegavelmente, a maior prova de amor que se pode dar a um filho.
Ter autoridade não significa ser autoritário, mas sim, ser um mestre na formação de um ser amado em desenvolvimento. E esse é o papel dos genitores, que podem saber ser amigos dos seus filhos em dados momentos, mas sem nunca esquecerem que são seus pais.
E ser pai significa amar sem perder o comando. O arbítrio sobre um filho serve como um regulador positivo, como um trilho que mantém o trem na direção certa.
Caso contrário, uma criança pode vir a ser um adulto:
A autoridade dos pais é fundamental para que o filho aprenda que a vida tem limites. Que certas atitudes e comportamentos ferem o funcionamento da sociedade e prejudicam até sua convivência no mundo. Que a sua liberdade termina quando começa a do outro.
Filhos de pais camaradas demais podem se tornar grandes egoístas. Como têm tudo a sua disposição e cresceram recebendo sem dar, acabam adotando esse sistema na vida. Então, repetirão com os outros o mesmo padrão de comportamento.
Pais que tudo resolvem para seus filhos ou passam a mão na cabeça para todos os seus erros estão criando uma criança que jamais entenderá o valor da responsabilidade.
Se somos permissivos, ensinamos aos nossos filhos que burlar as normas é normal, ao se torna adulto, ficará muito difícil mudar seu entendimento de correção.
Quando os pais não impõem limites e são complacentes demais, também acabam trazendo muitos prejuízos para a formação dos filhos. Quando adultos, nas suas relações fora de casa ou no trabalho, as pessoas não serão tão permissivas.
Assim, aceitar os Nãos que nunca ouviu dos pais o deixará extremamente frustrado e infeliz.
Quando os pais mimam demais um filho, a tendência é que ele insista em permanecer na infância onde vivia um tempo sem responsabilidade e não precisava fazer nenhum esforço para ter o que desejava.
Então, adaptar-se à vida adulta com suas obrigações é uma situação da qual ele irá fugir o tempo todo em forte negação de se tornar um adulto.
Portanto, o papel dos pais é muito mais importante do que o dos amigos no desenvolvimento de uma pessoa. Certamente, ele não se resigna a apenas prover dando um lar, roupas e comida, mas também envolve a formação de uma personalidade bem elaborada, altruísta e correta.
Trazer a positividade, o bem e a paz que tanto almejamos, mas que não conseguimos construir.
E, para tal, é fundamental que tenhamos o equilíbrio cirúrgico ao exercer a autoridade nos momentos que ela é realmente necessária.
Sejam amigos dos seus filhos, porém sem negligência ou exageros e com muito amor, principalmente porque é na mais tenra infância que os valores humanos são aprendidos.
E tais princípios e padrões que se enraízam em uma criança, dificilmente se desprenderão do adulto que ela se tornará.
Por isso, jamais esqueça: o adulto que um filho se tornou é o resultado da criação de seus pais.
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