Psiquismo e Comportamento

Dar o troco move mais gente do que a GRATIDÃO.

Definitivamente, tem muita mais gente preocupada em dar o troco do que agradecer.

De fato, é muito curioso como as pessoas são muito justas quando a gente falha, quando a gente as machuca, mesmo sem querer. Certamente, sabem nos devolver na medida exata, se não mais ainda do que levou. 

Entretanto, quando a gente acerta, é um faz de conta que não viu, um muito obrigado com cara de que você não fez mais do que a sua obrigação.

Geralmente, no momento em que tocamos seus corações, suas bocas emudecem, eles perdem as palavras que na hora de xingar eram muitas, às vezes, até demais.

De fato, é muito curioso essa facilidade para criticar e falar mal dos outros que impera mundo afora. Da mesma forma, ressaltar o defeito alheio é tão simples que sai com uma naturalidade que impressionante, principalmente se for pelas costas.

Porém na hora de elogiar, as palavras pesam e não conseguem se libertar por pura falta de autoestima. Enquanto os elogios falsos e interesseiros não perdem uma oportunidade de serem ditos.

De fato, as pessoas simpatizam entre si é na hora apontar o dedo.

Inclusive, elas tem tempo de sobra para as acusações. Mas na hora de estender a mão, pergunta quem pode. Não têm como, estão sempre ocupadas com imprevistos marcados com muita criatividade.

Em decorrência, as pessoas são muito pró-ativas ao punir porque foram feridas, rejeitadas ou traídas. Mas, na gratidão, o desleixo é grande. Talvez pensem em retribuir, mas se perdem em um sentimento de menos-valia, onde fazer o bem é ser fraco ou pior do que o outro.

Então acabam deixando para lá, ratificando que o desejo de dar o troco sempre é mais forte do que a vontade de retribuir um bem que se recebeu.

Mas finalmente chegou a hora de mudar essa energia, essa concepção de vida.

Precisamos de pessoas de luz nesse mundo. Justamente aquelas que não tenham medo de demonstrar admiração. Mais do que isso, que se sintam à vontade para gritar coisas lindas sobre nós da mesma forma que gritam quando estão brabas.

Também, que saibam criticar construtivamente e com amor, por amor, quando é pelo bem do outro e não para se autoafirmarem ou darem o troco

Além disso, que também aprendam a calar, se apontar um defeito é desnecessário, se vai machucar sem mudar. Ou se é pura maldade e não tem nenhuma intenção de alertar a pessoa nem fazer ela melhor.

Entretanto, é preciso estar muito de bem consigo mesmo para ser capaz de fazer bem às pessoas porque é impossível amar alguém sem amar a si mesmo.

Portanto, a partir de agora, vamos gastar nossa energia com a gratidão e não com vinganças. Vamos construir uma autoestima sadia e nos aceitar do jeito que a gente é, sem ressalvas e sem rancor contra quem nos expõe as verdades que queremos esconder.

Seja tão de bem com você mesmo e tenha tanto amor-próprio ao ponto dele se esparramar pelo mundo, inundando de luz onde quer que você passe.

Luciano Cazz

Luciano Cazz é formado em Comunicação, também ator e roteirista pela NYFA (New York Film Academy). Além de estudante de Psicanálise. Autor do livro A Tempestade Depois do Arco-íris.

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Luciano Cazz

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