O amor dos pais é luz para a alma de um filho.
É o porto mais seguro do mundo. Refúgio das guerras da vida, dos desastres emocionais e acalento para a solidão. Por isso, quando um filho não se sente amado por aqueles que lhe puseram no mundo, ele perde seu chão.
Abandonar um filho é abrir um buraco na alma de um ser tão puro. A criança interpreta o abandono fraternal como sua própria incapacidade de ser amado.
E esse equívoco pode gerar uma pessoa autodestrutiva, que aonde for, terá o ímpeto de repetir a mesma situação de rejeição que passou na infância, provocando e testando os limites das pessoas ao seu redor.
Uma nova figura amorosa na sua vida, pode até amenizar a dor do abandono, mas jamais fechará a lacuna de afeto que se abriu em seu coraçãozinho e que ali ficará para o resto da vida.
Hostilizar seu próprio filho é exatamente o contrário da forma como um pai deveria agir. Quando direcionamos raiva aos nossos filhos, estamos plantando amargura em seus corações.
Nossos problemas, às vezes, podem ser enormes, mas nunca devem ser maiores do que a amor que temos por aquele ser indefeso que colocamos no mundo e que não pediu para nascer.
Até porque é cientificamente comprovado que crianças que crescem em ambientes hostis têm maior tendência ao alcoolismo.
Fazer um filho passar vergonha é quase maldade, principalmente se for na frente dos outros.
A criança que é exposta dessa forma, seja por suas particularidades ou pela própria falta de paciência dos pais, sente-se traída pela pessoa em quem ela mais confia no mundo.
O bullying dos próprios pais é o que causa os danos mais severos na formação de personalidade de seus filhos, que crescerão inseguros e acreditando que são incapazes.
Sentir a maldade de um pai ou de uma mãe é uma facada no coração da criança. Quando um filho está ali dependente e à espera de proteção daquele amor fraternal e acaba presenciando atitudes maléficas, seu mundo interior desaba.
Uma sensação de impotência, de solidão total, pois não tem para onde correr, já que, o vilão da sua vida é justamente quem deveria ser seu porto seguro.
Sem entender, a criança sente-se culpada e pode tanto desenvolver atitudes autopunitivas e até ferir-se fisicamente, como também aprender a mesma maldade dos pais e espalhá-la pelo mundo.
Gritos não demonstram autoridade, mas sim fraqueza. Ninguém consegue educar aos berros. Por isso, quando os pais gritam com os filhos, a tendência é que eles passem a gritar de volta, em vez de respeitá-los.
Então, o ambiente familiar vira um local de gritaria, o que gera uma sensação de desafeto muito prejudicial para o desenvolvimento infantil.
Quando um filho vai até seus pais para expor seus sentimentos, ele visa validá-los através das pessoas mais importantes da sua vida.
Portanto, se um pai ignora ou faz piada sobre o que seu filho sente, ele está ensinado à criança que os seus sentimentos não têm valor algum e nem qualquer importância para o mundo.
E isso pode resultar em um complexo de inferioridade que irá ser um peso em sua vida adulta.
Seja de que forma, ter um pai ou uma mãe abusivos é um atentado à autoestima da criança, o qual interfere drasticamente, e de forma negativa, no adulto que ela irá se transformar.
São os abusos da infância os causadores dos maiores problemas psicológicos nos adultos. Principalmente aqueles que sofrem violência ou invasão íntima.
Geralmente, pais abusadores criam filhos abusadores ou extremamente problemáticos. Ou seja, o abuso infantil é um crime tanto de lei, quanto emocional e um grande desserviço ao mundo.
A ausência causa uma defasagem de afeto. Como se o amor do pai fosse algo muito distante para um filho. Tem vezes, que é quase um abandono dentro de casa.
Algumas crianças podem substituir a figura dos pais por babás ou outros membros da família com avós, tios ou irmãos mais velhos. Acabam formando laços muito fortes, mas que não substituem o amor dos pais, apenas demostram a deficiência deles em estar presentes.
E quando essa criança vira adolescente, pode cometer pequenos delitos ou até crimes mais graves contra os outros, e a si mesmo, como forma de chamar a atenção dos pais e atrair sua presença.
Pode não parecer, mas essa atitude é muito grave e pode desenvolver um adulto incapaz de se relacionar socialmente.
Quando a criança aprende que tudo pode, ela fica despreparada para os não da vida, que serão muitos. Então, a cada frustração, nasce uma enorme sensação de impotência que pode levar a uma revolta ou ainda à violência e às drogas.
Por isso, ser um bom pai é também saber dizer não a um filho.
Jogar na piscina para aprender a nadar, deixar passando fome para valorizar a comida ou dar uma surra. São atitudes, aparentemente, de zelo, mas que escondem a crueldade dos pais.
Com a desculpa moral da educação, tais pais inventam falsas boas razões para serem maldosos com seus filhos. E os resultados podem até ser aparentemente satisfatórios, mas por trás daquela educação toda, pode surgir um adulto com sérios problemas psíquicos.
Crianças que possuem dificuldades de aprendizado ou que, na adolescência, acabam tendo problemas de comportamento com drogas e promiscuidade, como também sérias dificuldades emocionais são, justamente, aquelas que tiveram uma infância prejudicada por pais que, em algum momento, substituíram afeto e proteção por alguma dessas posturas descritas a cima.
Então, se ela cresce num ambiente hostil, repleto de desafeto e egoísmos, é assim que ela verá o mundo e, por isso, levará para rua e para o novo lar que formar aquilo que aprendeu em casa ou as consequências do que sofreu com a displicência dos seus próprios pais.
Agora, se o ambiente familiar é composto por laços fortes e muito amor, os pais estão entregando para o mundo um adulto equilibrado e disposto a fazer o seu melhor em sociedade.
Portanto, os pais devem amar seus filhos. Compreender, dar afeto. Jamais dividir com eles a carga de seus problemas. As crianças nada poderão fazer, além de se sentirem culpadas.
Quanto mais um pai ama e protege seu filho, mais orgulho terá do adulto que ele irá se transformar e, consequentemente, mais gratidão e amor o filho retornará aos pais.
O futuro da humanidade não está nas crianças, mas sim, no tipo de pais que escolhemos ser hoje.
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